Em defesa da Cidania I
Seminário
de Transportes
O primeiro debate público sobre a situação
dos transportes de Niterói foi promovido, no dia 17 de março último, pelo Mandato
Petersen. Dezenas de pessoas compareceram ao plenário da Câmara dos Vereadores, ouvindo
especialistas no assunto. Petersen lembrou que a questão dos transportes interfere
diretamente na vida das pessoas. "Um sistema de transportes caótico acaba
contribuindo para o aumento da tensão social. Niterói, que sofre o problema do
monopólio de empresas de ônibus, já dá sinais negativos do sistema, em prejuízo da
população", afirmou. Participaram do debate o Vereador Edson Santos (PT), da
Comissão de Transportes da Câmara Municipal do Rio de Janeiro; professores Jorge Martins
e Raul de Bonis, da Coppe-UFRJ; e Valmir de Lemos, presidente do Sindicato dos
Ferroviários da Central do Brasil.
Homenagem a
Callado
Sábado, dia 15 de março, o Calçadão da Cultura, ali na Rua Visconde de
Itaboraí, perto da Rodoviária, reuniu amigos e admiradores do jornalista e escritor
Antônio Callado, recentemente falecido. O Mandato do Vereador Petersen, o Grupo Mônaco
de Cultura e a Livraria Ideal resolveram prestar uma homenagem póstuma ao grande
escritor. Participaram e apoiaram o ato a Academia Fluminense de Letras, Academia
Niteroiense de Letras, Associação Niteroiense de Escritores, Cenáculo Fluminense de
História e Letras, Centro Cultural Maria Sabina, Círculo Monárquico D. Pedro
II-Niterói, Instituto Cultural Frederico Guilherme Albuquerque, entre outros.
Apagões voltaram
Um exemplo de que privatização não dá certo mesmo: desde que a Cerj foi
vendida pelo governo Marcello Alencar a um grupo chileno, os moradores de várias regiões
de Niterói passaram a conviver com os constantes apagões. Para entregar a companhia
enxuta à iniciativa privada, o governo do Estado, além de não investir na empresa,
reduziu o quadro de funcionários da Cerj em mais de 45%, desmantelando diversas equipes
técnicas. Essa é a principal explicação para os apagões, que causam prejuízos
materiais a moradores e comerciantes, com a destruição de aparelhos eletrodomésticos.
Alvarás
suspeitos
No mínimo, é de se estranhar a forma como as casas noturnas Acrópole, em São
Francisco, e Barthô, em Charitas, conseguiram seus alvarás de licenciamento. Primeiro,
vale lembrar que os dois estabelecimentos estão sendo acionados na Justiça por emissão
de ruídos acima do tolerado pelos ouvidos humanos. Além disso, por não possuírem
tratamento acústico adequado, também não tinham licença para música ao vivo ou
mecânica. Aí, estranhamente, a Secretaria de Fazenda expediu as licenças de
funcionamento. Pior: a decisão foi tomada num sábado, quando a Prefeitura está fechada!
O Vereador Petersen denunciou o fato no plenário da Câmara, pedindo esclarecimentos ao
Poder Executivo. Ao mesmo tempo, o Mandato Petersen solicitou providências do Ministério Público.
Niterói 2001
A Prefeitura está alardeando pelos
quatro cantos da cidade mais um megalançamento. Dessa vez, vem com o nome de Niterói
2001, que estabelece um projeto urbanístico para o aterro da orla marítima do Centro. O
que se tem de concreto, até agora, é muita propaganda e aquela maquete que fica lá no
Museu de Arte Contemporânea. Enquanto o projeto não chega à Câmara dos Vereadores, o
Mandato Petersen começou a discutir com técnicos e associações de moradores quais
poderão ser as consequências do Niterói 2001. Muitas perguntas precisam ser
respondidas, como as seguintes:
Como será feita a utilização
de terreno público pela iniciativa privada?
O gabarito da área envolvida
no projeto é de 4 andares, mas as torres comerciais projetadas ultrapassam esse limite.
Significa, então, que o gabarito será alterado? A população será consultada sobre
isso?
Qual o real envolvimento da
Brascan com o projeto no que diz respeito à marina e às torres comerciais? Será
exclusividade da empresa?
Quem será responsável pelo
saneamento básico da região? Quanto o Município investirá? Qual a análise de impacto
ambiental que será feita com relação à construção de uma marina e quebra-mar de 550
metros?
Como o Poder Público irá
resolver os reflexos do projeto que surgirão no trânsito da área?
Está prevista a construção
de áreas residenciais. Seriam populares? A administração ficaria sob responsabilidade
de alguma imobiliária?
Por que o projeto de
revitalização do Centro se limitará à orla, quando, dentro da mesma área, há vários
quarteirões em completo estado de abandono?
O que será feito da extensa
área pública onde hoje se localiza a Vila Olímpica?
Poluição sonora
Petersen tem recebido inúmeras reclamações de moradores de vários pontos da
cidade que dizem não agüentar mais a poluição sonora dos seus vizinhos comerciais. O
problema é que bares e restaurantes passaram não só a ocupar as calçadas como
incluíram música ao vivo e mecânica no seu cardápio, quase todos os dias da semana.
Ninguém é contra música, claro! O que está pegando é que quem mora perto desses
estabelecimentos não consegue dormir, por causa do barulho. A lei municipal 1.436/95, de
autoria do Vereador Afrânio Siqueira, determina justamente a necessidade de um tratamento
acústico dessas casas comerciais, para respeitar o direito dos vizinhos. Tem gente que,
de quinta a domingo, quando aumenta o movimento dos bares, só consegue dormir à base de
tranquilizantes.
Transportes
coletivos
O Vereador Petersen apresentou
uma série de projetos-de-lei relativos ao sistema de transportes coletivos da cidade. No
dia 10 de março, solicitou ao Poder Executivo que conclua, até o dia 30 de junho
próximo, os levantamentos e avaliações indispensáveis à organização das
licitações para regularizar a outorga de concessões de transporte coletivo. No dia 4 de
março, Petersen apresentou projeto propondo o congelamento das tarifas de ônibus, até a
conclusão das avaliações e licitações necessárias à regularização das concessões
desses serviços. No dia 27 de fevereiro, nosso Vereador apresentou outro projeto-de-lei,
determinando as empresas de ônibus a pintarem nas laterais e partes dianteira e traseira
dos coletivos os números de identificação das linhas que exploram. Na mesma data,
Petersen protocolou projeto visando à criação do Conselho Municipal de Transportes
Urbanos.
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