Lançamento do Bloco Reage PT
Lançamento do Bloco Reage PT
No dia 16 de Fevereiro de 1998, na Câmara Municipal de Niterói, realizou-se o Ato de lançamento Público do Bloco Reage PT, composto por um grupo de petistas que têm como objetivos: reabilitar o PT como instrumento político dos trabalhadores, e trazer o partido para uma lógica que efetivamente enfrente o projeto neoliberal. O grupo pretende ainda, a candidatura própria ao governo do Estado do Rio Janeiro sem aliança com o PDT. Estiveram presentes ao Ato, o Deputado Estadual Marcelo Dias, o vereador João Batista Petersen, vários representantes de Associações de moradores, dirigentes sindicais, dirigentes da UNES, representantes do PT Municipal e Regional, representante do PCB, núcleo DCE-UFF, estudantes, militantes, representantes de várias correntes do PT e o ex-deputado federal Vladimir Palmeira que falou sobre "as eleições de l998 e a política de alianças do PT", disponibilizando seu nome pelo PT para concorrer na próxima convenção do partido como candidato próprio ao governo do Estado. Deixou claro que apoiar o PDT hoje é colocar o PT em posição subalterna pelo menos nos próximos quatro anos, defendendo o lançamento de candidatura própria no 1º turno e alianças no 2º.
Paulo Eduardo Gomes, candidato a Prefeito de Niterói pelo PT em 1996, e integrante do Bloco Reage PT, esclareceu que a posição do Partido para 1998 será definida apenas na convenção do partido, em abril de 98 e não em feijoadas e reuniões fechadas como vem sendo divulgado pela mídia.
A destruição das organizações populares no Estado levada a cabo pelo PDT e sua ramificações (César Maia e Marcelo Alencar), não pode pretender subordinar o Partido dos Trabalhadores, comprometido com transformações sociais à essa lógica fácil da política de alianças. Como oposição desde 1982 e estando melhor organizado e estruturado no Rio de Janeiro, o PT tem que trilhar por caminhos que levem o PDT a reunir-se a ele, porém sem a hegemonia pretendida como desejam seus mentores, com o risco do PT constituir-se em apenas mais um partido como outro qualquer traindo assim a confiança de todos os seus trabalhadores e militantes.
